É difícil vingar no mundo! É difícil ascender ao topo, é difícil tomar decisões, é difícil encarar realidades. Crescer é difícil… Melhor, muito difícil! Afinal, quem deseja abandonar o conforto e a segurança da infância, onde há tanta protecção, para se deparar com o que sabemos ser um mundo caótico? Talvez, ninguém. Bem me parecia!
Contudo, não há nada na vida que não contenha aspectos positivos, e esta fase, embora de complexidade extrema, não foge à regra!
Directa ao assunto: amizade!
Esquecemo-nos, frequentemente, da beleza do que é mais simples, porque colocamos os problemas que existem e os inventados à frente de tudo o resto, permitindo-lhes que nos ofusquem a visão. Deixamos que se instalem sobre nós como uma névoa cerrada e paramos. Paramos simplesmente. Muitas vezes, nem tentamos sair do local sombrio.
Cedemos à pressão e arrastamo-nos incessantemente. “E agora?” Agora, só os amigos têm valor… O que é um ser humano sem eles?
Uma mão estendida, um ouvido pronto a ouvir, um ombro pronto a receber lágrimas, um riso estridente a alegrar o dia ou um sorriso meigo de compaixão. Palavras honestas, duras por vezes, mas, mais que tudo isto, uma co-existência à nossa mesma existência. Uma verdadeira extensão do nosso ser!
Realmente é óptimo viver! É bom correr, sentir a brisa gélida na nossa cara, ver filmes de terror, comédia… Inventar “sketches”! Ter as brincadeiras mais idiotas e infantis, comer, fazer misturas, pisar poças de água… Quem disse que era necessário viajar ou fazer projectos majestosos para passar um bom bocado?! Dêem-me uma mesa e duas cadeiras. Eu sento-me numa, chamo um amigo e peço-lhe que ocupe a outra. Nada me garante que não passarei a melhor tarde da minha vida!!
Afinal, como alguém disse… “Um amigo é um verdadeiro tesouro…
É, ou não é?!”… Se é! E, se “errar é humano, perdoar é divino”. Talvez a mais louvável característica dos verdadeiros amigos seja o dom inato que os acompanha: perdoar.
Princípio básico da amizade: para a teres, oferece-a!
Mariana Mexia, 10.º A