Muito, pouco, nada. Como quem desfolha um malmequer: é mais ou menos assim que cada um de nós se situa, em relação à escola. Vimos cá muitas vezes, nela vivemos uma boa parte da nossa vida. E gostamos. Gostamos? Dos amigos (quase sempre), das aulas (nem sempre), das pessoas que cá encontramos (às vezes), do que aprendemos?

Muito, pouco, nada. Na escola acontecem muitas coisas. Muito, para além do que se vê. Dessas coisas, que vivemos, nem sempre contamos tudo. Nem sempre achamos que há coisas importantes para dizer, para mostrar. Mas há.

EA
Jornal ESCOLA ABERTA

Por exemplo, este jornal. Há muito que o esperávamos. No ano lectivo passado, a comunidade educativa foi convidada a encontrar-lhe um título. É verdade que a nossa escola tinha um jornal, mas achámos bem mudar-lhe o rosto, a estrutura e torná-lo um espaço de participação de todos. Depois, o tempo passou rapidamente, tivemos todos muito que fazer… e o jornal não saiu.

Está aqui, agora. Para garantir continuidade e marcar que todos estamos empenhados em construir a escola que sonhamos. Uma, que seja espaço de corresponsabilidade, de partilha de saberes, alegrias, receios, vontade de crescer.

Uma, onde todos se sintam bem, acolhidos, respeitados, amados. Uma Escola Aberta: cá dentro e para fora, sem medo de dar a conhecer a vida que nela acontece.

É um pouco dessa vida que vai passar nestas folhas de papel, de mão em mão, como passam as coisas simples, aquelas que são verdadeiramente importantes. Porque, de certa forma, são nossas. Porque falam de nós.

Na final deste primeiro período, esperamos a leitura do primeiro número de Escola Aberta seja, para todos, um sinal de esperança e de paz. E recrie em todos o gosto pela vida e a vontade de ajudar a construir um mundo melhor.

Dezembro de 2004
Pela Equipa da Biblioteca
Cristina Borges Teixeira

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